19/06/2014

O Desertor, de Manuel Inácio da Silva Alvarenga

 O Desertor, de Manuel Inácio da Silva Alvarenga  - gratuito em pdf
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Biografia de Manuel Inácio da Silva Alvarenga 



Manuel Ignácio da Silva Alvarenga, poeta brasileiro, que nasceu no Brasil em São João d'EI Rei (Minas Gerais). O ilustre brasileiro Pereira da Silva indica o ano de 1798 como data incontestável do seu nascimento, mas Joaquim Noberto de Sousa e Silva diz que ele nasceu em 1740. Foi filho de um músico, e músico também foi porque teve reputação de exímio rabequista, o que explica até certo ponto a harmonia e sonoridade de muitos dos seus versos.

Depois de cursar os seus primeiros estudos na terra da sua naturalidade, e mais tarde no Rio de Janeiro, veio a Portugal matricular-se na universidade de Coimbra, onde obteve o grau de bacharel, formando-se na faculdade de direito.

Foi em Coimbra que ele compôs o seu poema herói-cômico intitulado O desertor das letras, poema em que se ridicularizava a organização dos estudos universitários anterior à reforma do Marquez de Pombal, reforma que era naqueles versos entusiasticamente celebrada.

Foi o próprio Marquez quem em 1783 ordenou a impressão do poema, contra vontade do autor, cuja modéstia se recusava a publicá-lo.

Depois de formado. Alvarenga veio para Lisboa exercer a advocacia, e começou a adquirir celebridade entre os literatos da sua época pela magnífica ode composta na inauguração da estatua equestre d'el-rei D. José. O seu talento poético tornou-se deveras aplaudido e festejado nos saraus de Lisboa.

Mas a nostalgia, que se lhe avivava mais e mais com as recordações saudosas do beija-flor, dos cajueiros e das mangueiras do país natal, obrigou-o um dia a desprender-se dos aplausos da corte, e foi ser advogado em São João d'eI-rei, onde simultaneamente abriu uma aula gratuita de retórica.

Então começa verdadeiramente o primor dos seus trabalhos poéticos, como se aquela organização, acostumada ao clima dos trópicos, carecesse de ouvir os cantos do sabiá e de regalar-se com os esplendores da vegetação luxuriante, para se desatar em magníficos frutos.

Data dessa época a sua composição poética intitulada O templo de Netuno, em que descreve o regresso para a pátria, e a Gruta Americana, tentativa de aliança entre a poesia clássica paga e as novas imagens que lhe inspirava aquele encantador país da América.


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Referência bibliográfica:
Manuel Inácio da Silva Alvarenga: Poemas Eróticos. Companhia Nacional Editora. Rio de Janeiro, 1889.

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