05/10/2013

O Cortiço, de Aluísio Azevedo (PDF)

 Aluisio Azevedo - O Cortico - Iba Mendes
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Resumo de "O Cortiço", de Aluísio Azevedo

O melhor exemplo do romance naturalista brasileiro é O cortiço, de Aluísio Ázevedo, publicado em 1890.

Uma ampla galeria de tipos humanos desfila pelas páginas do romance: lavadeiras, operários, prostitutas, mascates, todos representantes de uma população marginal, que vive num ambiente degradado e corruptor. Na verdade, o cortiço parece adquirir vida própria, determinando o comportamento dos que ali moram, como é o caso, por exemplo, de Pombinha, menina pura e simples que, não resistindo às pressões do meio, acaba por se prostituir, ou ainda de Jerônimo, aldeão português que, vindo morar no cortiço com a mulher, Piedade, e a filha, é arrebatado por uma paixão sensual por Rita Baiana, abandonando a família e a vida regrada que até então levava.

O narrador focaliza a ascensão do português João Romão, dono do cortiço e também de uma pedreira cujos empregados, além de morar nos casebres por ele alugados, endividam-se ao comprar fiado em sua venda.

Através dessa exploração, João Romão vai se enriquecendo, auxiliado por sua amante e empregada, a escrava fugida Bertoleza, para quem ele havia forjado uma carta de alforria. O maior desejo do vendeiro é adquirir boa posição social, como a de seu patrício Miranda, que mora no sobrado encostado ao cortiço. Movido pela ambição, não hesita em usar de todos os recursos para acumular fortuna e ficar noivo da filha de Miranda. Ao chegar a esse ponto, para livrar-se de Bertoleza, que poderia constituir um obstáculo à sua emancipação, denuncia sua fuga aos antigos donos, que vão buscá-la com a polícia. Á escrava, porém, percebendo a traição, suicida-se.

Acompanhando a evolução social de João Romão, o cortiço também se desenvolve, transformando-se na “Avenida São Romão”, com uma aparência mais cuidada e ordeira, enquanto a população mais baixa, mais miserável, reúne-se em outro cortiço, o “Cabeça de Gato” que, como diz o autor, “à proporção que o São Romão se engrandecia, mais e mais se ia rebaixando acanalhado, fazendo-se cada vez mais torpe, mais abjeto, mais cortiço, vivendo satisfeito do lixo e da salsugem que o outro rejeitava, como se todo o seu ideal fosse conservar inalterável, para sempre, o verdadeiro tipo de estalagem fluminense, a legítima, a legendária; aquela em que há um rolo e um samba por noite; aquela em que se matam homens sem a polícia descobrir os assassinos; viveiro de larvas sensuais em que os irmãos dormem misturados com as irmãs na mesma cama; paraíso de vermes; brejo de lodo quente e fumegante, donde brota a vida brutalmente, como de uma podridão”.

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Fonte:
Douglas Tufano: Estudos de Língua e Literatura”, 3 edição. Editora Moderna. São Paulo, 1986.

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