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06/04/2014

Frei Luís de Sousa (Teatro), de Almeida Garret

 Frei Luís de Sousa, de Almeida Garret
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Frei Luís de Sousa – um curto resumo da obra

A ação da peça passa-se no século XVI, depois da batalha de Alcácer-Quibir, na qual desapareceu o rei D. Sebastião. Sem herdeiros ao trono, esta batalha tornou-se fatal para o reino de Portugal, acabando por ser anexado pelo rei de Espanha, D. Filipe, ao seu império. Durante o domínio espanhol criou-se um mito popular, Sebastianismo, segundo o qual D. Sebastião retornaria para restaurar o império português. Nesta batalha desapareceram outros cavaleiros, entre os quais D. João de Portugal, marido de D. Madalena de Vilhena.

Tendo feito todos os esforços para encontrar D.João, D. Madalena, após sete anos de diligências, casa-se de novo com Manuel de Sousa Coutinho com quem tem uma filha, D.Maria de Noronha. Entretanto, vive angustiada e com medo de que o seu primeiro marido esteja ainda vivo e acabe por voltar. As suas angústias e remorsos são alimentados por Telmo Pais, fiel escudeiro de D. João. Na verdade, o seu velho amo realmente está  vivo e acaba por regressar desconhecido a Portugal.

Revelando a sua verdadeira identidade, começa a própria tragédia de D. Madalena de Vilhena e a sua família.

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Fonte:

Brno Bzeneck: “A personagem de D.Madalena de Vilhena na obra Frei Luís de Sousa de Almeida Garrett”. Universidade Masaryk, Faculdade de letras Tutor: Mgr. Silvie Šp nkov , Ph.D. Marek Atanasčev,1988. Disponível em: www.premioiberoamericano.cz

Falar a Verdade a Mentir (Teatro), de Almeida Garret

 Falar a Verdade a Mentir, de Almeida Garret
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09/10/2013

Viagens na Minha Terra, de Almeida Garret

 Almeida Garret - Viagens na Minha Terra
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Breve comentário sobre a obra “Viagens na Minha Terra”, de Almeida Garret

O  romance  “Viagens  da  Minha  Terra”  desponta  como  uma  das  obras  mais  significativas da produção literária de Garrett, por conter indicações sobre suas posições políticas,  por  realizar  um  intenso  diálogo  com  os  temas  do  Romantismo  e  por  fazer  referências a uma produção literária européia marcante para a época. 

Publicado,  inicialmente,  de  um  período  que  vai  de  1843  até  1845,  na  Revista  Universal  Lisbonense,  somente  em  1846,  aparece  em  volume.  Portugal,  nessa  época,  vivia o  cabralismo, a instabilidade política e o retorno da Carta Constitucional.  O romance representou uma verdadeira revolução literária em Portugal por abordar  reflexões  de  Garrett  na  viagem  a  Santarem  e  por  contar  a  história  de  amor  de  Carlos,  combatente liberal, e Joaninha, sua prima e símbolo da pureza da vida do campo.
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Além  de  apresentar  muitos  temas  oriundos  de  uma  visão  de  mundo  romântica,  Garrett também explora o deslocamento de Carlos perante quadros sociais divergentes,  que  lhe  pedem  uma  conduta  moral  variável.  Como  no  início  da  narrativa  que  é  um  apaixonado  pela  causa  liberal  e  por  Joaninha  e  que  depois,  torna-se  um  rico  “barão”  (símbolo  do  burguês  acumulador  de  capital  e  ligado,  somente,  a  questões  materiais  e  quantitativas).

Sobre  essa  transformação  de  Carlos,  Garrett  já  a  enuncia  no  início  da  narrativa,  como  um  prenúncio  do  irremediável.  Nas  suas  reflexões  introdutórias,  o  autor  faz  um  amplo panorama da sociedade européia do oitocentos, de seus valores e códigos éticos,  obedecendo uma típica crítica romântica diante da “modernidade capitalista burguesa”.

Vejamos uma parte desse significativo trecho, que não deixa dúvidas a respeito do  “romantismo” de Garrett: 

“Quantas  almas  é  preciso  dar  ao  diabo  e  quantos  corpos  se  têm  de  entregar  no  cemitério  para  fazer  um  rico  neste  mundo.  –  Como  se  veio  a  descobrir  que  a  ciência  deste  século  era  uma  grandessíssima  tola.”(...).  “Não:  plantai  batatas,  ó  geração  de  vapor  e  de  pó  de  pedra,  macadamizai  estradas,  fazei  caminhos  de  ferro,  construí  passarolas  de  Ícaro,  para  andar  a  qual  mais  depressa,  estas  horas  contadas  de  uma  vida  toda  material,  maçuda  e  grossa  como  tendes  feito  esta  que  Deus  nos  deu  tão  diferente do que a que hoje vivemos.  (...). Logo  a nação mais feliz, não  é a mais rica.  Logo o princípio utilitário é a mamona da injustiça e da reprovação.

O  romance  é  perpassado  por  uma  fina  ironia,  que  recai  sobre  a  própria  estética  romântica, por digressões e vários recursos de linguagem, tudo para provocar a reflexão  e a identificação do leitor com as situações apresentadas pelo autor. 

Sobre  a  construção  do  próprio  romance,  Garrett  remete-se  ao  leitor: “Trata-se  de  um  romance,  de  um  drama  –  cuidas  que  vamos  estudar  a  história,  a  natureza,  os  monumentos,  as  pinturas,  os  sepulcros,  os  edifícios,  as  memórias  da  época?  Não  seja  pateta,  senhor  leitor,  nem  cuide  que  nós  somos.  Desenhar  caracteres  e  situações  do  vivo  na  natureza,  colori-los  das  cores  verdadeiras  da  história...isso  é  trabalho  difícil,  longo,  delicado,  exige  um  estudo,  um  talento,  e  sobretudo  um  tato!...Não  senhor:  a  coisa  faz-se  muito  mais  facilmente.  Eu  lhe  explico.  Todo  o  drama  e  todo  o  romance  precisa de: Uma ou duas damas, Um pai, Dois ou três filhos, de dezenove a trinta anos,  Um criado velho, Um monstro encarregado de fazer as maldades,(...)”

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Fonte:
Leonardo de Atayde Pereira: “O sentido de História para Alexandre Herculano:  uma interpretação romântica 1830 – 1853. (Dissertação de Mestrado apresentada à Faculdade de Filosofia, Letras e  Ciências Humanas da Universidade de São Paulo. Departamento de  História. Área de História Social. Orientador: Prof. Dr. Lincoln Ferreira Secco). Universidade de São Paulo, 2009