12/06/2014

Madressilvas, de Brasílio Machado

 Madressilvas, de Brasílio Machado
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Biografia de Brasílio Machado 

Brasílio Augusto Machado de Oliveira era natural de São Paulo, terra onde estudou as primeiras letras, bacharelou-se em Direito, exerceu seus primeiros cargos profissionais, públicos e de magistério, casou e faleceu. Dos anos de formação, marcaram-lhe a fé religiosa, que manteve ao longo de toda a sua vida como católico, e o pensamento liberal, pelo qual se bateu como político desde a década de 1870, e que, nesse momento, pode ser interpretado como uma visão de mundo em defesa da liberdade como direito natural de todo indivíduo e da idéia de que toda autoridade deve ser limitada por esse direito.

Para sua conformação política de caráter liberal foi de suma importância a figura de José Bonifácio, o Moço (1827-1886), assim chamado por ser sobrinho daquele outro José Bonifácio, patriarca da Independência. Professor da Faculdade de Direito de São Paulo quando nela ingressou Brasílio, em 1868, fez do ensino um eficaz instrumento de pregação liberal pelo tempo que aí lecionou, entre 1858 e 1870.

Era uma época em que despontavam nesse ambiente educacional nomes que um pouco mais tarde seriam personagens centrais da passagem do Império para a República, como os então estudantes Afonso Pena, Rui Barbosa, Castro Alves e Joaquim Nabuco.

Autor de poesias, Brasílio Augusto Machado de Oliveira fez parte da última geração de liberais do Segundo Império, homens de letras que defendiam idéias políticas mediante brilhantes discursos. Apesar de monarquista, exerceu importantes funções públicas no período republicano, fazendo parte do Conselho de Instrução Pública de São Paulo Conselho Superior de Ensino da República.
Dedicou os quase trinta anos que lhe restavam viver às atividades profissionais, como advogado e professor de Direito, à educação, ao apostolado religioso, sempre muito ativo. E, também, às Musas, que nunca deixou de cultuar, Como escritor, além de numerosos trabalhos jurídicos, publicou textos históricos e apologéticos. Como poeta, lançou três coletâneas de versos: Madressilvas, em 1876, quando ainda estava em nossa cidade; Perpétuas, publicado em 1882, e Ave Maria, dado a lume em 1900.

Como jornalista, deixou larga colaboração dispersa em numerosos jornais e revistas, em vários pontos do país.

Como polemista e defensor da fé católica, além da defesa brilhante que fez do Padre Anchieta, elogiada até por Machado de Assis, cabe destacar a polêmica nutrida em que reduziu ao silêncio o conhecido naturalista e zoólogo alemão Ernst Haeckel (1834-1919), que numa publicação científica divulgada na Europa, cometeu erro fundamental, mostrando não conhecer rudimentos de doutrina católica. Corrigido por Brasílio, Haeckel pretendeu sustentar sua posição, numa réplica. A tréplica de Brasílio foi tão decisiva que fez Haeckel desistir de prosseguir o debate. Sobre essa curiosa e pouco divulgada polêmica também caberia um desdobramento que, quiçá, fique para outro número desta revista.

Brasílio foi um dos fundadores, em 1909, da Academia Paulista de Letras, sendo eleito seu primeiro presidente. Foi, também, membro do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, fundado em 1838; e do Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo, fundado em 1894. Foi, ainda, membro ativo de entidades científicas de vários estados brasileiros e até do Exterior.

Por sua dedicação e fidelidade à religião católica, recebeu duas importantes distinções do Vaticano. Em 1900, o Papa Leão XIII conferiu-lhe a Cruz Pro Ecclesia et Pontifice, condecoração destinada a premiar eclesiásticos ou leigos que, na vida intelectual, se destacam em defesa da Igreja e do Papado. E, dez anos depois, o Papa São Pio X lhe outorgou o título de Barão.
Morreu em sua casa, na capital paulista, a 5 de março de 1919, exclamando, como o também monarquista Eduardo Prado, o nome de Jesus.
  
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Referências bibliográficas:

1. Um paulista no Paraná provincial. Arquivo Público do Paraná: www.arquivopublico.pr.gov.br
2. Brasílio Machado - apontamentos para uma biografia. Colaboração do Acadêmico Armando Alexandre dos Santos. Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo: www.ihgsp.org.br

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