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Num longo percurso que
envidamos em nossa tese de doutoramento, revivemos o profetismo do Padre
Antônio Vieira e de Fernando Pessoa, através dos seus textos lapidares,
reveladores não apenas da crença num Império por haver, mas na
transformação dessa crença numa alta missão por cumprir.
Evidentemente, ambos
trilharam caminhos diferentes para levar a efeito a tarefa assumida, diferenças
estas nem sempre redutíveis à idéia primária de que o primeiro seria um mestre
do discurso, um prosador nato, e o outro, por ser poeta, teria também escolhido
a prosa para entregar-se aos devaneios poéticos.
Escolheram a prosa, no
entanto, numa visão que não deveria ser, em princípio, literária, justamente
por privilegiarem a forma narrativa de expressão. Por sua vez, o discurso
adotado deveria abranger uma face muito especial da História, aquela que,
revendo o passado, abriria perspectivas para realizações – factuais ou não – no
futuro.
Embora os textos estejam,
atualmente, circunscritos ao plano das páginas literárias, a constituírem obras,
insistimos em que, a priori, foram produzidos com um objetivo
pragmático, para atingir uma meta a ser cumprida, pois ambos os autores
acreditavam-se distingüidos para tal mister. Fernando Pessoa chega a pensar,
várias vezes, em lançar mão da publicidade para tornar suas idéias conhecidas e
divulgadas, com o fim de “agir sobre o psiquismo nacional” e evitar a
estagnação cultural. O Padre Vieira, por sua vez, enfrentou as barras dos
tribunais inquisitoriais, com a esperança, também, de fazer adeptos. Os
sermões, as cartas, as entrevistas, os ensaios, mesmo que tenham recebido o
trato literário característico, foram antes depoimentos, teses estudadas à
exaustão, princípios e posturas de cidadãos comuns, mesmo que investidos de
genialidade e transformados, com o tempo, em ícones de uma literatura ou de uma
história literária.
Como cidadãos, resgataram os
mitos e repensaram a história em termos teleológicos e escatológicos. Vieira,
por exemplo, ao consultar as teses milenaristas, alimentava a expectativa na
renovação do mundo em 1666. Tinha uma concepção providencialista da história,
pois supunha a intervenção divina até nas situações mais adversas, quando Deus
teria a oportunidade de revelar o seu plano divino: “Dieu a coutume d’agir par
les causes secondes”, diria Raymond Cantel sobre as convicções do Padre. Por
sua vez, Pessoa preocupava-se sobremaneira com a história psicológica da nação,
a ponto de, para “agir sobre o psiquismo”, arquitetar projetos de natureza
patriótica. Para ele, a aspiração a um porvir glorioso ditava os rumos notáveis
de uma nação, desde as suas origens arquetípicas.
O texto matriz das
especulações proféticas de ambos é o de Bandarra, ou o que com o teor de suas Trovas
possa identificar-se. Para Vieira, o “Bandarra é verdadeiro profeta”: o homem
simples e de ofício humilde, praticamente analfabeto, não-religioso e
descendente de judeus, mas que trazia o “lume da profecia”, tal como seus pares
do Antigo Testamento. Pessoa já o vê como “symbolo”, o “nome colectivo”, a
“forma litteraria” de que se serviriam outros anônimos, com o propósito de
renovar seus vaticínios. Assim, o estatuto do texto bandárrico original cede
lugar às elucubrações que o “espírito da letra” permite, abstrações estas tão
caras ao poeta de Mensagem. Embora tenha examinado versões diferentes
das Trovas, é certo que se dedicou a comentar apenas a Explicação do
terceiro corpo das prophecias de Gonçalo Yannes Bandarra, muito
distante das versões próximas do que teria sido o texto original.
O primeiro documento público
e talvez o único completo, escrito por Vieira, sobre os possíveis significados
das trovas do Bandarra, é a carta dirigida ao Bispo do Japão,
D. André Fernandes, origem do processo movido contra o jesuíta, pela Mesa
Censória.
No caos do espólio pessoano, é quase impossível fixar
o fragmento que originaria as incursões do poeta nesse campo, pois, como
tivemos oportunidade de averiguar, desde muito cedo mostrou grande inclinação
para buscar compreender os destinos de Portugal. Se quisermos datar o primeiro
texto público, teríamos que nos remeter ao livro Quinto Império, de
Augusto Ferreira Gomes, que prefaciou, onde propõe uma concepção sui generis
sobre os cinco impérios do mundo, ao privilegiar a evolução espiritual dos
impérios. Sob esta perspectiva, prevê o Quinto Império para Portugal,
depois da Grécia, de Roma, da Cristandade e da Europa, um império do espírito e
da cultura, que se contrapõe à concepção tradicional dos impérios materiais –
Babilônia, Medo-Persa, Grécia e Roma –, corroborada por Vieira. Portanto,
enquanto este último vislumbra um Portugal encabeçando o reino divino na Terra,
o que resulta num império ao mesmo tempo espiritual e temporal, aquele insiste
na idéia de um imperialismo de cultura e não de domínio e expansão.
Para reger estes destinos futuros da nação portuguesa,
a partir de Lisboa, o Padre Vieira elege D. João IV ressurreto, ou quem mais
possa incorporar o seu espírito, dividindo o poder com um Papa – o Papa
Angélico das teorias milenaristas –, embora chefe de uma Igreja evoluída, que
incorporaria posições judaicas, portanto, uma igreja ecumênica e universal.
Este império teocrático contaria com a colaboração da única instituição
política, segundo Vieira, capaz de reger os destinos do mundo: a monarquia.
Por sua vez, Pessoa mantém, ferrenhamente, uma postura
anticatólica, sem paixão religiosa alguma, às vezes se autodenominando um
“christão gnóstico” que cultiva a tendência para o ocultismo, para as formas
esotéricas de conhecer o transcendente, compreendendo, também por essa via, os
mais altos objetivos do seu Quinto Império. Definindo-se como um
“nacionalista místico, um sebastianista racional”, vê no regresso simbólico de
D. Sebastião – através de uma peculiar visão das concepções de metempsicose e
da reencarnação –, a potencialidade espiritual de Portugal. Assim, D. Sebastião
ou o Encoberto que anuncia o Quinto Império pode ser tanto o
“Presidente-Rei” Sidônio Pais quanto ele-mesmo, imbuído dos expressivos
propósitos de “criador de civilização” de que se via investido.
Diferenças à parte quanto à maneira de conceber o Quinto
Império, outros pontos significativos aproximam os dois comentadores de
Bandarra: as respectivas obras de caráter profético são voltadas para o ideal
da realização de um império futuro, calcadas em projetos incompletos, esboçados
ao sabor de impulsos vertiginosos que se extravasam em discursos mais
arrebatados, mal conseguindo conter o
entusiasmo das expressões. Obras inacabadas e fragmentárias, tecidas com idéias
recorrentes, diríamos que obsessivamente recorrentes. Para compô-las, buscam
fundamentações e argumentos em textos proféticos canônicos e não-canônicos, nas
reflexões escatológicas, na numerologia, no esoterismo.
Isolados, cada qual, por
contingências de natureza vária, no contexto social em que se albergavam, não
temeram nem recuaram da postura assumida em público, a respeito dos conceitos
messiânicos e proféticos.
São autores de obras que
consideravam a realização máxima de suas vidas – Clavis Prophetarum,
para Vieira e Mensagem, para Pessoa – produções, diríamos, emblemáticas,
porque comportam a essência vital das suas ações intelectuais, a projeção mais
bem acabada dos seus espíritos, justamente nos sentidos nacionalista e
patriótico. Para ambos, a produção intelectual confundia-se com a própria
existência, uma significativa simbiose de vida-obra.
Poliglotas, propõem uma
história futura para Portugal em língua portuguesa, não só por ser o idioma
pátrio, mas para consagrá-la, porque sabiam, intuitivamente, que a estavam
divulgando para toda a gente falante, em seus domínios ou na diáspora. Um a
exaltava em prosa, o outro em verso, emprestando ao idioma o lustre impecável
tanto da oratória quanto da poética. Não sem lógica Pessoa chama Vieira de “o
imperador da língua portuguesa”, o “maior dos prosadores portugueses, e um dos
mestres da prosa em todo o mundo”,2 a ponto de assumir, na prática,
e por conta e risco, toda a dimensão histórico-cultural da frase dita
sentidamente, pelo semi-heterônimo Bernardo Soares, diante de um texto
vieiriano: Minha pátria é a língua portuguesa.
Ambos propõem um império
espiritual no horizonte do tempo, um império por construir com o mesmo empenho,
o mesmo desejo de realização para a humanidade, a partir da vontade portuguesa
de ser e de estar no mundo, conforme atesta Agostinho da Silva:
Portugal ideal em que o
primeiro momento é marcado pela actuação de Vieira, cuja grandeza só pode ser
plenamente aferida quando se lhe liga a figura à construção desse Brasil que
afinal sonhava como base ou centro de um Quinto Império, para que Portugal provavelmente,
para quem tinha olho de águia, se revelava já impotente. (...) E então, para
Vieira, Portugal passa a ser não propriamente um determinado país – no qual, no
entanto, ainda tenta intervir, supondo que a força acumulada no Brasil por
jamais se ter aceitado no período de 1580 a 1640 qualquer interferência
espanhola poderia ser transferida para Portugal –, mas sim uma ideia a difundir
pelo mundo. Dizer-se Portugal é para Vieira dizer-se não os graus de longitude,
a latitude que ficam entre tal ou tal ponto da carta, mas o Reino de irmandade,
de compreensão, de cooperação que se devia estender pelo universo como
preparação necessária para um futuro Reino de Deus. Portugal estaria e seria em
qualquer parte do mundo em que estivesse um português pensando à maneira
portuguesa; e o centro desse Portugal era naturalmente, e porque ele aí estava,
uma baía ou uma praia do Maranhão ou um pouso no Tocantins, muito mais do que
os paços de Lisboa; onde, no entanto, ainda um Rei continuava, no que merecia
ser apoiado, a defender um Portugal que algum dia poderia ajudar a resolver o
problema de Castela; e da Europa.
Tal pensamento não é diferente das concepções de
Fernando Pessoa, como se percebe no texto que ora relembramos:
125A-43 Em primeiro logar, e como já o notou João de Castro
Osorio, Portugal não é propriamente um paiz europeu: mais rigorosamentese lhe
poderá chamar um paiz atlantico – o paiz atlantico por excellencia. (...) Além
d’isso, Portugal, neste caso, querer dizer o Brasil também. Como o impherio,
neste schema, é espiritual, não há mister que seja imposto ou construido por
uma só nação: pode sel-o por mais de uma, desde que espiritualmente sejam a
mesma, que o são se fallarem a mesma língua.
Portanto, o destino que
prevêem para Portugal – o de uma ação imperial no mundo, quer católica em
Vieira quer espiritual e cultural em Pessoa – subentende a organização de uma
cooperação entre os povos, através de uma comunidade. Feitas as observações
pertinentes nos textos vieirianos, por exemplo, é possível ter uma idéia da
arquitetura desse império futuro. Já o percebera Raymond Cantel nas suas
análises:
A instauração do Quinto
Império não implicaria, de forma nenhuma, o desaparecimento dos reinos ou dos
impérios já existentes sobre a Terra. A ordem monárquica seria com efeito
mantida porque isso é desejado pela Providência divina; cada nação conservaria
a sua originalidade. Parece mesmo que, no pensamento de Vieira, as oposições,
as controvérsias e as diferenças de interesses entre os Estados também não
desapareceriam. O que era novo – e tão novo! – era que todos estes litígios
seriam resolvidos pacificamente. Cada soberano delegaria, com efeito, uma parte
da sua autoridade no [sic] Imperador de Lisboa e era este quem
dirimiria, com o consenso geral, todos os diferendos entre as nações, causas,
as mais das vezes, dos conflitos armados que despedaçavam o mundo.
Não bastassem as
convergências aqui apontadas, causa-nos especial surpresa o confronto entre as
propostas de Fernando Pessoa para uma “fraternidade patriótica”, a reinar no Quinto
Império, e aquelas que propuseram os presidentes dos sete países falantes
da língua portuguesa, nos Estatutos e na Declaração Constitutiva da Comunidade
dos Países de Língua Portuguesa, por ocasião da instauração da CPLP, na cimeira
realizada em Lisboa, em 17 de julho de 1996.
Reunidas as nossas
observações, verificamos que Pessoa antecipa, em seus projetos, alguns tópicos,
como os enumerados abaixo, essenciais para que se dê a concretização do “império
da cultura”, sugerindo, inclusive, providências de ordem prática:
1) defende a idéia de uma “fraternidade universal”,
que certamente dependerá de “um meio de comunicação igual”, e por isso reivindica
que a base da pátria e das relações sociais é o idioma:
...não somos irmãos, socialmente fallando, senão
daquelles que fallam a nossa língua – e tanto mais quanto mais fallem a nossa
lingua, isto é, quanto mais nella ponham, como nós, por ella ser a lingua-mãe
delles, como nossa, toda a sentimentalidade instinctiva, toda a tradição
accumulada, que a estructura, o som, o jogo sintactico e idiomatico trazem em
si.
2) exalta a potencialidade da língua portuguesa, quer por
sua riqueza gramatical quer pelo conjunto de escritores que a ilustra;
3) preocupa-se com o patrimônio lingüístico e cultural
que o Portugal-Atlântico foi capaz de reunir, na sua extensão geográfica;
4) ressalta o número significativo de falantes;
5) investe na capacidade que a língua teria de se impor,
espiritual e culturalmente, atendendo a uma natural tendência para o
universalismo, da mesma maneira que uma vez já se impôs, materialmente, pelas
descobertas, que eram, segundo o poeta, “um acto cultural”;
6) observa a necessidade de estreitar os “naturaes
vinculos espirituais” com o Brasil, para efetuar a propaganda que seus projetos
culturais solicitavam;
7) não destina para Portugal, como Vieira o fizera, as
rédeas do império futuro: “Como o impherio, neste schema, é espiritual, não há
mister que seja imposto ou construido por uma só nação: pode sel-o por mais que
uma, desde que espiritualmente sejam a mesma, que o são se fallarem a mesma
lingua”;
8) compreende um espaço transoceânico para o Quinto
Império e não apenas geográfico: “Portugal não é propriamente um paiz
europeu: mais rigorosamente se lhe poderá chamar um paiz atlantico – o paiz
atlantico por excellencia”;
9) ao contrário do que Vieira concebia, não subordina a
construção do império ao jugo dos poderes temporais: “Acima da idéa do Imperio
portuguez, subordinado ao espirito definido pela lingua
portugueza, não há formula politica nem idéa religiosa”;
10) preocupa-se com a
preservação do idioma, a ponto de sugerir a fixação do “etymologismo
orthographico”: “É bem o systema que, como por milagre, representa e se ajusta
á missão historica de Portugal...”10
Todas essas ponderações
revelam a idéia de um império voltado para a necessidade de se cultivar o
espírito civilizacional, de projetar-se no mundo, não como pátria-povo, mas
como língua-pátria, e de buscar a sonhada “fraternidade patriótica” ou a
conquista da identidade pela língua. Sobre essa concepção de Quinto Império,
perfeitamente coesa à idéia da simbiose obra-vida de que já falamos,
Agostinho da Silva já antevia, em 1959, a necessidade de um destino comum para
os povos de língua portuguesa:
É por esse Império, que nem
ele nem os seus companheiros têm a coragem ou a força ou a hora de construir,
porque numa história movida por Deus tudo vem a ser o mesmo; é por esse Império,
que não tem lugar marcado nos mapas porque vive no sorriso, no olhar, nos
sonhos dos meninos; é por esse Império, que se tornará consciente ou
inconsciente a nós, como se torna consciente ou inconsciente a uma criança o
que, dormindo, a faz sorrir; é por esse Império, que só poderá surgir quando
Portugal, sacrificando-se como Nação, apenas for um dos elementos de uma
comunidade de língua portuguesa; é por esse Império, que já foi aurora de
realidade e que hoje é apenas o cavo passo que se escuta em palácios desertos,
que Fernando Pessoa pensa, escreve, concebe génios, sofre recolhido e ignorado
morre.
Ora, são aquelas também as
propostas e as metas que pudemos captar nos vários documentos que anteciparam a
criação da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa, bem como nos próprios
documentos institucionais, além das vozes dos próprios Chefes de Estado,
enquanto portadores do pensamento de seus povos, diante da instituição
recém-criada. Como que inspiradas pelas diretrizes
pessoanas, as orientações discriminadas no primeiro encontro da CPLP têm, por
escopo, a preservação do espírito fraterno entre as nações, a potencialidade
cultural expressa na língua, a defesa do patrimônio comum, histórico e
cultural, a crença no princípio da comunidade enquanto forum de
concertação e cooperação, nos campos social, econômico, político e cultural, e
a preocupação com a preservação do idioma, mormente nos países africanos de
língua oficial portuguesa. Não falta nem mesmo a idéia da “imposição” da língua
no contexto cultural mundial.
A par dos anseios políticos expressos naquela ocasião,
percebemos a permanência e a multiplicação de um ideário desde sempre
conclamado pela plasticidade da língua, qualquer que seja o recanto em que é
utilizada. Daí a recorrência dos conceitos de fraternidade, da língua como
fator de união, da busca pelo universalismo, e do consenso de que, pela língua,
se há de conseguir impor uma visão de mundo mais espiritualizada, de acordo,
portanto, com a atual tendência da humanidade para os valores da afinidade e do
bem-estar dos povos.
Talvez essas circunstâncias expliquem a sobrevivência
de uma conjuntura de idéias semeadas, quem sabe, nos textos proféticos do Antigo
Testamento, cultivadas pelo imaginário de uma certa nação e alimentadas por
alguns homens que tinham uma determinada visão da história pátria e que, com
suas vozes proféticas inspiradas, convidam as gerações futuras a repensar o
futuro dessa nação, não mais como nação-povo, porque geograficamente se
expandiu, mas como pátria de uma língua que só tem a pretensão de ser mais
humana. Quem sabe possam justificar, inclusive, a nossa própria pesquisa, ou,
como diríamos junto com Agostinho da Silva, a nossa missão:
Do rectángulo da Europa passámos para algo totalmente
diferente. Agora, Portugal é todo o território de língua portuguesa. Os
brasileiros poderão chamar-lhe Brasil e os moçambicanos poderão chamar-lhe
Moçambique. É uma pátria estendida a todos os homens, aquilo que Fernando
Pessoa julgou ser a sua Pátria: a língua portuguesa. Agora, é essa a Pátria de
todos nós.
Quando se diz ter Portugal de fazer alguma coisa, o
que tem de ser feito sê-lo-á por todos os homens de língua portuguesa. A missão
de Portugal, agora, se de missão poderemos falar, não é a mesma do pequeno
Portugal, quando tinha apenas um milhão de habitantes, que se lançou ao Mundo e
o descobriu todo, mas a missão de todos quantos falam a língua portuguesa.
Todos esses povos têm de cumprir uma missão extremamente importante no Mundo.
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REFERÊNCIAS
CANTEL, R. Prophétisme et
messianisme dans l’oeuvre d’Antonio Vieira. Paris: Édiciones
Hispano-Americanas, 1960.
_____. Vieira e a filosofia
política do Quinto Império. Tempo presente. Revista portuguesa de
cultura, Lisboa, ano 2, n. 17-18, set./out. 1960.
12 Cf. MENDANHA, V. Conversas
com Agostinho da Silva. 2. ed. Lisboa: Pergaminho. p. 30-31.
LOPES, T. R. (Coord.). Pessoa inédito. Lisboa:
Horizonte, 1993.
MENDANHA, V. Conversas com Agostinho da Silva.
2. ed. Lisboa: Pergaminho, 1995.
SERRÃO, J. (Org.). Sobre Portugal: introdução
ao problema nacional. Lisboa: Ática, 1978. p. 122.
SILVA, A. da. Reflexão. 3. ed. Lisboa:
Guimarães, 1996.
_____. Um Fernando Pessoa. 2. ed. Lisboa:
Guimarães, 1988.
---
Fonte:
Hiudéa Tempesta Rodrigues Boberg (Faculdade Estadual de Filosofia, Ciências e Letras de Jacarezinho). Revista Letras, Curitiba, n. 59, p. 35-45, jan./jun. 2003. Editora UFPR. Disponível digitalmente em: http://www.letras.ufpr.br/
Hiudéa Tempesta Rodrigues Boberg (Faculdade Estadual de Filosofia, Ciências e Letras de Jacarezinho). Revista Letras, Curitiba, n. 59, p. 35-45, jan./jun. 2003. Editora UFPR. Disponível digitalmente em: http://www.letras.ufpr.br/
Nota:
A imagem inicial inserida no texto não se inclui na referida tese.
O texto postado é apenas um dos muitos tópicos abordados no referido trabalho.
Para uma compreensão mais ampla do tema, recomendamos a leitura da tese em sua totalidade.
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