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Vou, pela epiderme das carícias, ao longo dos teus
desfiladeiros para romper as fronteiras do teu medo e entrar, por ti, como
enxurrada que viesse dizer a inclinação das montanhas em degelo. Não há nada
mais profundo do que a pele, mesmo que os dias desabitados transcrevam, de
repente, os olhos para o abismo amoroso e as luzes, escancaradas de penumbra,
de mansinho, como de mansinho chegavam os teus passos para os mornos serpenteados
dos dedos que me descreviam meu próprio corpo.
Não há nada mais profundo do que a pele, pois que a
visão excessiva de ti me pede para que escreva e eu… escrevo, porque ao
escrever digo “ergo sum”; logo existo, na sofreguidão compulsiva da hegemonia
das formas, esse caminho que me leva ao universo. Escrevo a pele, num apelo da
linguagem através da paisagem de luz solar e jovem. Escrevo, para que o corpo
metafísico das palavras, lisas como seixos e rugosas como valados de infância,
deem aos meus versos, sobre a folha ressequida, a pele da eternidade, tal como,
do pátrio céu… as nuvens chovem.
[Fíbula]
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