11/09/2015

Apoteose Camoniana (Poesia), de Xavier de Carvalho

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Disponível também em "Minhateca", no link abaixo:


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A Renascença
A Ramalho Ortigão
A Renascença que foi obra toda humana,

Chamando à vida nova a forte raça ariana,

Co'a pólvora, a imprensa, a bussola e a alquimia,

A Arte a renascer na lira dos poetas,

Copérnico que traça a órbita aos planetas

E Martinho Lutero afirmando a heresia;
Dante que tudo vê com seu olhar de lince,

A “Ceia do Senhor” de Leonardo Vinci

E Masacio que tem “madonas” ideais,

Colombo e Gutenberg e Magalhães e Gama,

Bacon que ensina a vida e Erasmo que proclama

O rubro alvorecer das ciências naturais;
Galileu que nos prova a rotação da terra

E contra quem a igreja ergueu terrível guerra,

Aristóteles que, intransigente e altivo

Foi quem traçou as leis novas da evolução,

Cravou golpe profundo, em cheio, à religião

E em bases afirmou o Credo Positivo;
Magalhães que demonstra a terra como esfera,

Gioto que nos pinta a tela mais sincera,

O feudalismo à morte, as comunas em luta,

A alma das nações erguendo-se fremente

E pouco a pouco, a claro, as lendas do Oriente,

Enquanto o santo ofício as consciências enluta;
Bruno que a igreja queima, afirmando a Verdade,

Miguel Ângelo que achou os tons da realidade

No “Juízo Final” a luz das gerações:

Todo esse renascer das Artes e Ciências

E o rebate febril de todas as consciências,

Resume-se afinal no livro de Camões.

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