14/09/2015

Amaricanto (Poesia), de Salomão Rovedo

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Disponível também em "Minhateca", no link abaixo:


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“Venho sistematicamente
me estraçalhando
nos vidros da janela.”
Many Tabacinik

Pouco mais que isso: poesia
de cortar os pulsos sem comoção.

Um canto mais deprimente
que heroína, mas que fala de amor.

A vida perfeitamente enojada:
viver parece nunca ter fim.

Na ausência ou na existência,
que importa? Desiludidamente.

É que depois a solidão torna
tudo demais pós-comoção.

Quem está pronto para ter o coração
partido de tristeza ainda mais?

A vida é um longo caminho
perdido entre poeira e asfalto.

Quem vai crucificar o sentimento
– esse podre coração de aço?

Quando se é jovem para sempre

toda vida é uma canção injusta.
[Do livro]

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