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Os jesuítas e o
ensino
Algumas linhas premonitórias são necessárias para explicar a razão
de ser, em sua forma primitiva, desta reimpressão de nosso estudo sobre os
jesuítas e o ensino.
Destinado originariamente à Revista Americana, terminou sua
redação antes de expedido o recente decreto federal, que reformou a instrução pública. A este, portanto, não se podia referir.
A presente tiragem, embora posterior à Lei Orgânica, não apresenta
um texto modificado, no sentido de se pronunciar sobre o ato governamental.
Não vai nesse silêncio louvor, nem vitupério: assinala, apenas, a
insuficiência do escopo. O novo Código encerra algumas medidas boas quanto ao
magistério superior; outras, menos felizes, atinentes ao chamado ciclo
secundário, ligadas a providências que se preconizam.
Emudeceu sobre o estagio basilar, essencial, do ensino primário.
No ponto dominante do problema, o punctum vitae da formação
mental, os moldes oficiais regrediram do que já estava conquistado, vencedoras várias campanhas nesse rumo no seio do Congresso.
Desfaleceu nesse transe em mãos do Governo a causa da educação
nacional.
Sabedores de pedagogia dirão as vantagens ou os inconvenientes das
normas recém-editadas.
Todos os homens públicos, porém, cumpre ponderem as consequências
graves do abandono em que continua o período primeiro da cultura intelectual.
aí se trata, não nos cansemos de repeti-lo, do problema político, máximo entre
os maiores, da elaboração do caráter brasileiro, com todos os seus derivados na
vida de nosso país, em seu governo, nas soluções dos conflitos entre a
intelectualidade e as crenças.
Esse ensaio de filosofia política tentamos esboçar nas páginas que
seguem.
Junho
de 1911.
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