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Ópera Malazarte: a brasilidade no pensamento
modernista de Graça Aranha e Lorenzo Fernândez
Para Graça Aranha a finalidade da
arte é nos emocionar, sua função seria estritamente estética. No drama Malazarte notamos uma escrita elaborada com preocupação formal, rebuscada
e erudita, compondo um texto que apresenta vários episódios trágicos e que
tenta comunicar uma filosofia que, para Graça Aranha, era a chave da
felicidade. Parece-nos que ele teve uma preocupação maior com a exposição de
seu pensamento filosófico do que com a arte nacionalista em si. Tanto a dificuldade
em entender sua filosofia quanto o uso da linguagem rebuscada separam sua obra
do gosto popular. Assim, deduzimos que, apesar da utilização de elementos do
folclore, a concepção do libreto de Malazarte
não foi para a grande massa, mas para uma elite
intelectual. Uma curiosidade desse intelectualismo é que o libreto escrito por
Graça Aranha ganhou versões em francês, português e italiano.
O libreto da ópera Malazarte revela a
tragédia do terror do ser humano quando
toma consciência de sua separação
do Todo universal e o leva à triste fatalidade. Para Graça Aranha, o drama
traduz a ideia de que só há tragédia naquilo que é insolúvel para o ser humano.
Desta forma, percebemos uma semelhança entre o libreto e Malazarte e a ação
dramática das tragédias gregas, que se apoiam sobre a contraposição entre
realidades e mitos: falam da luta dos heróis contra o destino, dos deuses e
seus poderes. Também se assemelha à fatalidade da tragédia moderna de Ibsen. No
caso do libreto, a luta de Eduardo contra seu destino e o poder que a Mãe d’Água
exerce sobre as personagens.
Graça Aranha sofreu a influência
das tendências filosóficas positivistas e monistas em sua juventude, no Rio de
Janeiro e na escola do Recife, que também influenciaram na revolução social.
Defendeu o envolvimento do artista modernista na política. Infelizmente o
libreto da ópera Malazarte
não retrata os problemas sociais que o afligiram. O
texto original do drama apresentava já material suficiente para que esse
aspecto fosse desenvolvido, mas a adaptação do libreto foi apenas iniciada por Graça
Aranha e concluída por Lorenzo Fernândez.
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Fonte:
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Fonte:
José Fortunato Fernandes (Universidade Federal de Mato Grosso, Cuiabá, MT): era Malazarte: a brasilidade no pensamento modernista de Graça Aranha e
Lorenzo Fernânde. Disponível em: rbm.musica.ufrj.br
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