02/07/2014

A centelha (Teatro), de Milanez Abdon

 A centelha (Teatro), de Milanez Abdon
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Biografia de Milanez Abdon

Filho legítimo do Dr. Abdon Felinto Milanez e de D. Gracinda Cotegipe Milanez, o autor da Donzela Teodora nasceu, aos 10 de Agosto de 1858, na cidade de Areias, na província da Paraíba.

Desde a mais tenra idade revelou grande vocação para a música, mas o pai, que desejava fazer dele um engenheiro e não um artista, mandou-o para a Escola Politécnica.

Quando, em março de 1881, Abdon recebeu a sua carta de engenheiro civil, já era um copioso fazedor de polcas e valsas, que a casa Bevilacqua imprimia a troco de qualquer coisa.

A princípio os seus amigos supuseram que, seduzido pela música, ele abandonasse num canudo de lata o seu diploma científico, mas a vida tem exigências terríveis: o engenheiro Abdon Milanez foi nomeado sucessivamente fiscal da Estrada de Ferro Conde d’Eu, auxiliar técnico da Estrada de Ferro D. Pedro II, fiscal da Estrada de Ferro D. Tereza Cristina, adido à fiscalização dos bondes nesta cidade, e, por último, oficial técnico da Inspetoria Geral das Terras e Colonização.

De Abdon Milanez posso eu dizer o mesmo que disse, há dias, neste mesmo periódico, de Assis Pacheco: nunca teve um mestre de música! Aprendeu a tocar piano assistindo às lições que um professor da Paraíba dava à sua irmã!

Em 19 de Março de 1880 estreou-se brilhantemente, no teatro Santana, com a Donzela Teodora, opereta em 3 atos, que foi uma revelação e um triunfo. Escreveu depois, e fez representar no mesmo teatro, as seguintes operetas: Herói à força, em 3 atos, Pintar o padre, em 1 ato, Dama de espadas, em 3 atos, e, no teatro Apolo, o Barbeirinho de Sevilha, em 3 atos.

Para as revistas de ano o Bilontra, o Carioca, Mercúrio, Viagem ao Parnaso, e outras, bem como para as mágicas a Corça do bosque, a Fada Azul, o Filho do Averno, e ainda para outras muitas peças de gêneros diversos, escreveu Abdon muitos números de música, que concorreram poderosamente para o bom êxito de tais espetáculos. Tomaria colunas do Álbum a simples nomenclatura dos romances, marcas, hinos, elegias, noturnos, cançonetas, valsas, polcas, quadrilhas e lundus que ele tem escrito e publicado nestes últimos dez anos. E releva notar que ainda guarda alguma coisa inédita.


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Referência bibliográfica:

O Album, ano 1, n. 12, mar. 1893. Disponível na Biblioteca Brasiliana da USP

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