Para baixar este livro gratuitamente em formato PDF, acessar o
site do “Projeto Livro Livre”: http://www.projetolivrolivre.com/
(Download)
↓
(Download)
↓
Os livros estão em ordem alfabética: AUTOR/TÍTULO (coluna à
esquerda) e TÍTULO/AUTOR (coluna à direita).
Biografia de
Milanez Abdon
Filho legítimo do Dr. Abdon Felinto Milanez e de D. Gracinda Cotegipe
Milanez, o autor da Donzela Teodora nasceu, aos 10 de Agosto de 1858, na
cidade de Areias, na província da Paraíba.
Desde a mais tenra idade revelou grande vocação para a música, mas o pai,
que desejava fazer dele um engenheiro e não um artista, mandou-o para a Escola
Politécnica.
Quando, em março de 1881, Abdon recebeu a sua carta de engenheiro civil,
já era um copioso fazedor de polcas e valsas, que a casa Bevilacqua imprimia a
troco de qualquer coisa.
A princípio os seus amigos supuseram que, seduzido pela música, ele
abandonasse num canudo de lata o seu diploma científico, mas a vida tem
exigências terríveis: o engenheiro Abdon Milanez foi nomeado sucessivamente
fiscal da Estrada de Ferro Conde d’Eu, auxiliar técnico da Estrada de Ferro D.
Pedro II, fiscal da Estrada de Ferro D. Tereza Cristina, adido à fiscalização
dos bondes nesta cidade, e, por último, oficial técnico da Inspetoria Geral das
Terras e Colonização.
De Abdon Milanez posso eu dizer o mesmo que disse, há dias, neste mesmo
periódico, de Assis Pacheco: nunca teve um mestre de música! Aprendeu a tocar
piano assistindo às lições que um professor da Paraíba dava à sua irmã!
Em 19 de Março de 1880 estreou-se brilhantemente, no teatro Santana, com
a Donzela Teodora, opereta em 3 atos, que foi uma revelação e um triunfo.
Escreveu depois, e fez representar no mesmo teatro, as seguintes operetas: Herói
à força, em 3 atos, Pintar o padre, em 1 ato, Dama de espadas, em
3 atos, e, no teatro Apolo, o Barbeirinho de Sevilha, em 3 atos.
Para as revistas de ano o Bilontra, o Carioca, Mercúrio, Viagem ao
Parnaso, e outras, bem como para as mágicas a Corça do bosque, a Fada
Azul, o Filho do Averno, e ainda para outras muitas peças de gêneros
diversos, escreveu Abdon muitos números de música, que concorreram poderosamente
para o bom êxito de tais espetáculos. Tomaria colunas do Álbum a simples
nomenclatura dos romances, marcas, hinos, elegias, noturnos, cançonetas,
valsas, polcas, quadrilhas e lundus que ele tem escrito e publicado nestes últimos
dez anos. E releva notar que ainda guarda alguma coisa inédita.
---
Referência bibliográfica:
Referência bibliográfica:
O Album, ano 1, n. 12, mar. 1893.
Disponível na Biblioteca Brasiliana da USP
Nenhum comentário:
Postar um comentário