30/06/2014

A Casa Fechada (Teatro), de Roberto Gomes

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Biografia de Roberto Gomes

Nascido em 12 de janeiro de 1882, na cidade do Rio de Janeiro, Roberto Luís Eduardo Ribeiro Gomes era filho de um banqueiro português, o comendador Luís Ribeiro Gomes com a francesa Bíanche Ribeiro Gomes.

Aos oito anos de idade parte para Paris em companhia da mãe para estudar; dois anos depois, recebe sete prêmios escolares por sua atuação no Lycée Jaison de Sailly, de Paris. Ainda em Paris, no ano de 1897, começa a trabalhar em sua primeira composição, "Le Papillon", comédia em dois aíos7 escrita em francês e ilustrada por ele mesmo. Ao final deste mesmo ano, é obrigado a voltar para o Brasil em virtude da falência do banco onde seu pai era diretor. Roberto Gomes termina seus estudos na Faculdade de Ciências Sociais e Jurídicas do Rio de Janeiro, obtendo o grau de Doutor em Leis, e passa a lecionar francês no Instituto Benjamin Constant e no Ginásio Nacional (Colégio Dom Pedro II), a partir do ano de 1905. É convidado em 1909 a escrever criticas teatrais e musicais para "A Gazeta de Notícias", quando se utiliza do pseudónimo "Bemol” , Também assina matérias para o jornal "A Notícia" com o pseudônimo "Sem”. Os dois jornais circularam no Rio de Janeiro. E apenas em agosto de 1911 que passa a assinar o seu próprio nome nas criticas.

Roberto Gomes se torna conhecido como autor teatral em julho de 1910, quando sua peça "Ao Declinar do Dia", é selecionada junto com outras três peças de outros autores, em um concurso de dramaturgia nacional com o objetivo de levantar a imagem do teatro brasileiro, organizado pelo Júri da Academia Brasileira de Letras para ser encenada no Teatro Municipal do Rio de Janeiro, em um Festival. "Ao Declinar do Dia" estreou em 10 de Julho do mesmo ano com uma companhia luso-brasileira, mas ao contrário do que se esperava, o público se manteve longe do Teatro não acontecendo o tão esperado renascimento do Teatro Nacional.

Sua carreira dramática (1910-1921) foi pontuada pelo modo francês de viver e de pensar. O conjunto de sua obra nos revela personagens decadentes, mas com requintado modo de enxergar o mundo e as pessoas, contado de uma maneira extremamente poética. Ele se preocupava mais com os sentimentos de seus personagens, seus conflitos interiores do que com as peripécias, se prendeu mais à sensação do que à ação, ao silêncio e à noite, acreditava que só através da noite e da solidão é que se chegaria à compreensão do homem. Esse tipo de forma foi denominado Teatro da Paixão, cujo objetivo era apresentar a sociedade burguesa como corrompida pelo egoísmo, ambição e, principalmente, demonstrar que uma paixão proibida e inconfessável leva à solidão; ao desespero e à tristeza.

Sua obra dramática é composta pelas seguintes peças:

“Le Papillon", "Ao Declinar do Dia" (1910), "O canto sem palavras" (1912), "A Bela Tarde", "Berenice" (1917-8), "O Jardim Silencioso" (1918), "A Casa Fechada" (1919), "Inocência" (1915-1921), "O beijo ao luar" (1910) etc.

O fim da vida de Roberto Gomes, assim com de vários de seus personagens, foi triste e trágico. Devido a sua úlcera foi operado duas vezes, utilizando doses de morfina para diminuir a dor. Era um homem magro e frágil.

O mal que o tornava triste e enfraquecido acabou por levá-lo ao suicídio, através de um tiro no coração, no dia 31 de dezembro de 1922.


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Referência bibliográfica:

Elisângela Freitas de Castro: “Masculino feminino em Roberto Gomes: A constituição do mundo doméstico no Rio de Janeiro no inicio do século XX através da dramaturgia”. (Monografia apresentada ao Corso de História da Universidade Federal de Ouro Freto como parte dos requisitos para a obtenção do grau de Bacharel em História. Orientador: Prof. Ronald Polito de Oliveira). Mariana. 1999.

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