17/05/2014

Os Argonautas, de Virgílio Várzea

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Biografia de Virgílio Várzea

Virgílio dos Reis Várzea nasceu em Florianópolis, no dia 6 de janeiro de 1863. Faleceu no Rio de Janeiro, em 29 de dezembro de 1941.

Filho de um marinheiro, nascido na freguesia de São Francisco de Paula de Canasvieiras, norte da Ilha de Santa Catarina, aos treze anos foi para a Escola Naval do Rio de Janeiro, onde ficou por três anos e saiu para percorrer o mundo. A bordo do navio Mercedes conheceu o Uruguai, Argentina, Patagônia e Antilhas. A bordo do navio britânico Theodore, conheceu Cabo Verde e viajou pela Europa. Esteve também na África do Sul, e navegou pelo Oceano Índico.

Em 1881, passou a viver na Ilha de Santa Catarina, trabalhando em serviços burocráticos, estudando jornalismo e literatura. Liderou, de 1883 a 1887, a "Guerrilha Literária Catarinense" contra o conservadorismo romântico, visando a implantar a "Idéia Nova", ou seja, a renovação estética do Realismo-Naturalismo

Em 1896, partiu para o Rio de Janeiro, onde passou a morar.

Virgílio Várzea iniciou-se no jornalismo e na literatura em 1881, aos 18 anos, quando interrompeu temporariamente as viagens e retornou à sua terra natal, reencontrando colegas de escola que ensaiavam os primeiros passos na imprensa catarinense.

Entre eles, Cruz e Sousa e Manoel dos Santos Lostada, com quem fundou o jornal "Colombo". Em agosto de 1883, Gama Rosa interessou-se por um soneto seu intitulado "Transformismo", que fazia referência a Darwin, e iniciou uma amizade com o escritor, nomeando-o oficial de gabinete da presidência. Sob a influência e proteção de Rosa, o escritor iniciaria a guerrilha pela renovação realista na literatura do Estado.

Seu primeiro livro publicado, "Traços Azuis" (1884), era de poesia. No ano seguinte, lançou, em parceria com o contemporâneo e amigo de Cruz e Sousa, o volume de contos e crônicas "Tropos e Fantasias" (1885). Apesar da parceria ilustre, o livro foi escrito antes que os dois alcançassem a maturidade, e peca pelo sentimentalismo e discurso anti-escravista.

Em 1887, Várzea editaria em Portugal seu terceiro livro, "Miudezas", de contos, mas somente oito anos mais tarde, em 1895, com "Mares e Campos", atingiria o patamar mais elevado de sua obra, formado também por "Contos de Amor" (1901), "Histórias Rústicas" (1904) e "Nas Ondas" (1910). Além disso, Várzea publicou também um romance, "George Marcial" (1901), e as novelas "Rose-Castle" (1893), "Em Viagem" (1892), "O Brigue Flibusteiro" (1895), "A Noiva do Paladino" (1901) e "Os Argonautas" (1905), mas não conseguiu nos textos mais longos a mesma qualidade alcançada nos contos.

O autor não é publicado desde 1910 e seus contos nunca mais foram reeditados. Apenas "Mares e Campos" teve uma reedição fax-similar pela Fundação Catarinense de Cultura (FCC), em 1991. O escritor teria afastado-se precocemente da literatura por desilusão com a Academia Brasileira de Letras (ABL), após quatro candidaturas mal sucedidas ao posto de imortal. Supostamente, deixou um livro de contos inédito, "O Rouxinol Morto", mas este teria sido destruído a pedido de Várzea e jamais foi encontrado. (RB)

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Referências bibliográficas:
1. Wikipédia, maio de 2014 - pt.wikipedia.org.

2. Rodrigo Brazil: "Memorialista de uma época". Anexo: Domingo, 9 de Joinville, SC, 2003 - www1.an.com.br

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