04/05/2014

Histórias sem data, de Machado de Assis

 Histórias sem data, de Machado de Assis
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Singular ocorrência”: uma história de suspeita

“Mas depois tornava a afirmar a aventura, e provava-me que era verdadeira, com o mesmo ardor com que na véspera tentara provar que era falsa; o que ele queria era acomodar a realidade ao sentimento da ocasião”.

A prostituição é tema de inúmeros contos e romances, mas foi na época do romantismo que assumiu um vulto especial, sobretudo com a difusão de A Dama das Camélias que é provavelmente o mito feminino mais popular da era burguesa. O tema da prostituta regenerada é muito caro ao romantismo, fornecendo um ângulo privilegiado de abordagem e interpretação da sociedade burguesa que transformava o dinheiro em regente exclusivo de sentimentos e projetos do homem. No Brasil, Alencar reatualiza o tema na figura de Lucíola, protagonista do romance que intitula; e Machado o revisita com maestria e num tom único, a partir de um novo prisma, em seu conto “Singular ocorrência”.

Poucas vezes é possível encontrar prostitutas como personagens na obra machadiana. A Marocas, protagonista do conto citado, e Marcela, em Memórias Póstumas de Brás Cubas, são talvez as mais conhecidas. Machado trata do tema, com a perspicácia que lhe é peculiar, abordando a questão do valor de mercadoria que as coisas e pessoas assumem numa sociedade que se iniciava na força do capital comercial e sua primeiras investidas na sociedade como um todo. Ou seja, o caráter de mercadoria do prazer em circulação no mercado urbano é um elemento fundamental para a história das cortesãs.

Em “Singular ocorrência”, Machado vai um pouco além do tema da prostituição, mesclando-o com o da traição, o que enriquece a história e ainda toca num ponto central da moral e dos bons costumes: qual seria a punição para a mulher que trai e qual seria para o homem que trai. Mais ainda, o poder do dinheiro entre classes, criando a ocasião mais do que para a traição, para o engano. Por sua vez, a noção de engano reveste-se de intenções caras à psicanálise, movendo desejos e pulsões próprias do humano, ao lidar com as esferas afetivas e sexuais.

Neste conto, mais uma vez, os sentimentos de uma mulher não são verbalizados em uma história, mas surgem filtrados pela visão masculina. “Singular ocorrência”, assim como “A desejada das gentes”, é fruto de uma conversa entre dois homens. Por conseqüência, a mulher e seus desejos devem ser compreendidos a partir desse filtro. Mais ainda, o narrador é testemunha direta da história que conta, sendo amigo íntimo do protagonista, fato que terá algumas implicações, sendo a mais importante a cumplicidade de sua visão de mundo: “Eu tinha a confiança de ambos. Jantávamos às vezes os três juntos; e... não sei por que negá-lo, -- algumas vezes os quatro. Não cuide que eram jantares de gente pândega; alegres, mas honestos”. Essa afirmação ilustra também que na nova configuração social carioca, os padrões de comportamento tornam-se mais elásticos, parecendo absorver mais facilmente os desvios. Os amores ilegítimos e adúlteros entram definitivamente em cena. Mas, certamente, essa não será uma rua de mão dupla, como veremos adiante.

O narrador nos conta a história de Andrade, cujo sobrenome indicia sua origem. Vindo do Nordeste, pertencia provavelmente a alguma família oligárquica: “vinte e seis anos, meio advogado, meio político, nascido nas Alagoas, e casado na Bahia, donde viera em 1859”. Era casado e “era bonita a mulher dele, afetuosa, meiga e resignada; quando os conheci tinham também uma filhinha de dois anos”.

A resignação da mulher do Andrade um termo é comum para descrever várias mulheres machadianas. E provavelmente para descrever a situação de várias mulheres da sociedade da segunda metade do século XIX do Rio de Janeiro. A mulher modelar dessa sociedade patriarcal deveria sublimar suas pulsões, dedicando-se aos filhos e à casa. Quando esposa e sobretudo mãe, a mulher parece passar por uma espécie de santificação às avessas, pois deve se enquadrar dentro das conveniências da moral do patriarcado e merece todo o respeito do marido. O respeito e a estima são tantos que o marido acaba por ir procurar aquela que não é tão pura a ponto de ser preservada: a prostituta. Em palavras mais claras, a mulher oficial é reservada para a procriação e a prostituta para o prazer. A cisão existia tendo em vista a visão de que a prostituta era aquela que não havia se rendido à domesticação e quase sempre é descrita no discurso masculino como um ser sem valor. “Singular ocorrência” evidencia essa visão masculina da prostituta desde suas primeiras linhas:

-- “Não é casada.

-- Solteira?

-- Assim, assim. Deve chamar-se hoje D. Maria de tal. Em 1860 florescia com o nome familiar de Marocas. Não era costureira, nem proprietária, nem mestra de meninas; vá excluindo as profissões e lá chegará. Morava na rua do Sacramento. Já então era esbelta, e, seguramente, mais linda do que hoje; modos sérios, linguagem limpa. Na rua, com o vestido afogado, escorrido, sem espavento, arrastava a muitos, ainda assim”.

Vemos que a descrição da moça é permeada por uma ironia própria de quem se mantém numa posição não apenas distante mas superior sobre quem fala. “Assim, assim” indica a situação dúbia da mulher em questão, arrematada pela indicação de sua origem:

“Maria de tal”. Ou seja, não há nome de família, sendo familiarmente conhecida como Marocas. Ou seja, sua posição social é gradativamente desmantelada, perdendo o dona e a possibilidade de um sobrenome (de tal), restando-lhe somente um “nome de guerra”: Marocas.

No entanto, ao verificarmos o psiquismo das prostitutas do Segundo Império veremos que a grande maioria delas é de classe baixa, e que não tiveram acesso aos bens da cultura, aspirando, apesar de tudo, um marido, filhos – enfim, serem aceitas como esposa e honesta, saindo “da vida”.

A história de Marocas não é diferente, sendo quase um arremedo das heroínas românticas como Margarida Gauthier de A Dama das Camélias. Moça pobre, cujo destino foi traçado pela falta de opções: “não era costureira, nem proprietária, nem mestra de meninas; vá excluindo as profissões e lá chegará”. Em sua juventude, era bela e com muitos homens que a desejaram: “Na rua, com o vestido afogado, escorrido, sem espavento, arrastava a muitos, ainda assim”.

Com o destino selado, por mais que tente ter uma aparência de decência e honestidade, dando esmolas na igreja e portando luto pela morte do amante, a ocupação fica colada a ela, sem possibilidade de redenção – pelo menos frente aos que a conheciam: “A Marocas sentiu profundamente a morte, pôs luto, e considerou-se viúva; sei que nos três primeiros anos, ouvia sempre uma missa no dia aniversário. Há dez anos perdi-a de vista. Que lhe parece tudo isso?”

Apesar de tratar de uma questão cara às mulheres – tanto para a esposa, quanto para a amante –, o domínio da narrativa deste conto é dos homens. Eles decidem não só o andamento da história mas também o destino de suas mulheres.

O narrador encaminha a história, descrevendo os fatos a partir de seu ponto de vista. Já o Andrade domina completamente a vida de Marocas: ele a ensina a ler, instala-a numa casinha confortavelmente, ou seja, cuida de suprir suas necessidades básicas. Marocas, pouco a pouco, perde sua independência, largando seus clientes para poder ficar somente com o homem que ela ama: “Marocas despediu todos os seus namorados, e creio que não perdeu pouco; tinha alguns capitalistas bem bons. Ficou só, sozinha, vivendo para o Andrade, não querendo outra afeição, não cogitando de nenhum outro interesse”. Assim como Margarida de A Dama das Camélias, personagem que Marocas idealiza (“De noite foi ao Ginásio; dava-se a Dama das Camélias; Marocas estava lá, e, no último ato, chorou como uma criança”), a moça procura mostrar paixão pelo amante, abandonando todos os outros, vivendo exclusivamente para ele numa tentação de encontrar o verdadeiro amor. Tenta, na verdade, encarnar o papel de sua heroína, o mais próximo possível de uma esposa: doméstica, dependente, fiel, passiva. Inclusive suas atitudes se modificam, tornando-se cheia de pudores: “este dito ia-lhe rendendo um beijo; o Andrade chegou a inclinar-se; ela, porém, vendo que eu estava ali, afastou-o delicadamente com a mão.” Esta atitude gera comentários entre o narrador e seu interlocutor:

“—Gosto desse gesto.

—Ele não gostou menos. Pegou-lhe a cabeça com ambas as mãos, e, paternalmente, pingou-lhe o beijo na testa”.

As atitudes castas e cheias de brio de Marocas vão despertando um sentimento de ternura por parte do Andrade. No entanto, vemos que esse sentimento fica sempre no âmbito do carinho dedicado a “outra”, pois o espaço da família é inexpugnável: “De caminho disse-me a respeito da Marocas as maiores finezas, contou-me as últimas frioleiras de ambos, falou-me do projeto que tinha de comprar-lhe uma casa em algum arrebalde, logo que pudesse dispor de dinheiro; e, de passagem, elogiou a modéstia da moça, que não queria receber dele mais do que o estritamente necessário /.../ Na Gávea ainda falamos da Marocas, até que as festas acabaram, e nós voltamos. O Andrade deixou a família em casa, na Lapa, e foi ao escritório”. Vemos que há uma convivência retórica entre a família e a amante. Falando da amante e se comovendo com sua simplicidade e decência, Andrade compartilha momentos com sua família. Na verdade, Marocas jamais poderá ocupar o espaço da esposa oficial; quando muito receberá uma “casinha” para assegurar-lhe o futuro.

A trama ganha movimento no dia da festa de S. João, quando Andrade vai jantar com a família e Marocas ficou só, aludindo a outra heroína de uma novela que traz o tema da prostituição: “ia fazer como a Sofia Arnoult da comédia, ia jantar com um retrato; mas não seria o da mãe, porque não tinha, e sim do Andrade”. Esse episódio suscitou a conversa citada no parágrafo anterior: o Andrade parece ter compreendido a solidão da amada e pensa em preencher esse espaço dando-lhe uma casinha. Ou seja, os sentimentos de uma mulher como Marocas são preenchidos por coisas que possam lhe ser fornecidas. A menção a heroínas românticas tenta mostrar que Marocas queria mais do que paixão, queria o amor senão verdadeiro, puro – impossível de ser conseguido para uma “moça de sua posição”; pelo menos, estável. João Roberto Faria analisou em um artigo as relações entre as peças teatrais citadas no texto e a polêmica que o texto suscita a respeito da regeneração das prostitutas.

Diferimos um pouco aqui do ponto de vista defendido por João Roberto, conforme mostraremos a seguir em nossa análise. O autor acredita que há de fato uma motivação inexplicável e misteriosa na atitude de Marocas, concordando assim com o narrador do conto. O caráter enigmático da atitude de Marocas já levou muitos críticos a admitirem sua perplexidade – indo ao encontro, de certo modo, do narrador, que não concorda com o amigo que afirmou ser pura e simplesmente “nostalgia da lama”. Como exemplo, lembramos da afirmação de Antonio Candido: “Os atos e os sentimentos estão cercados por um halo de absurdo e gratuidade, que torna difíceis não apenas as avaliações morais, mas as interpretações psicológicas”. Na verdade, o conto centra-se num enigma que não pode ser desvendado, não importa o ângulo de visão

A impossibilidade de regeneração de Marocas é endossada, na trama, na visita que um “tal Leandro” faz ao escritório do Andrade. Sem sobrenome, assim como Marocas, “era um sujeito reles e vadio. Vivia a explorar os amigos do antigo patrão”. De caráter duvidoso, veio pedir um empréstimo de dois ou três mil-réis a Andrade, que lhe deu o dinheiro e notou que estava muito alegre, interpelando-o a respeito do motivo: “o Andrade, que dava o cavaco por anedotas eróticas, perguntou-lhe se eram amores”. A resposta afirmativa parece um pouco forçada: “Ele mastigou um pouco, e confessou que sim”. Com o caminhar da narrativa nos questionaremos se Leandro não concorda com Andrade somente para agradá-lo ou realmente passou pela experiência descrita.

Leandro, apesar de um “pobre-diabo”, afirma ter cruzado com uma mulher bem tratada que se oferece a ele. Apesar de estranho, o narrador diz ser compreensível, pois “os pobres também são filhos de Deus”. Novamente seus comentários reafirmam a marcante visão de classe que separam pessoas como Leandro e Marocas do mundo dos Andrades e dele próprio, narrador. O Andrade suspeitou da história contada por Leandro e questionando-o chegou a conclusão que a mulher com quem se encontrou seria Marocas: “Imagine como não ficou o Andrade. Ele mesmo não soube o que fez nem o que disse durante os primeiros minutos, nem o que pensou nem o que sentiu”. O sentimento de perda do objeto que era de sua posse gerou um sentimento de vingança e rancor muito grandes. Mais ainda, se ele traía a esposa, por que Marocas não poderia traí-lo já que sua origem não era confiável? Andrade propõe um negócio ao Leandro: dá-lhe vinte mil-réis para que ele fosse até a casa da moça desmascará-la. Leandro “Hesitou um pouco, estou que por medo, não por dignidade, mas vinte mil-réis...”

Apesar de, à primeira vista, a atitude de Marocas ser confirmada por Andrade, pelo próprio Leandro – à custa de vinte mil-réis, é verdade – e pelo narrador-testemunha, não há confirmação por parte de Marocas, parte diretamente envolvida na história: “A cena que se seguiu, foi breve, mas dramática. Não a soube inteiramente, porque o próprio Andrade é que me contou tudo, e, naturalmente, estava tão atordoado, que muita coisa lhe escapou. Ela não confessou nada”. Vê-se que o relato sofre influência de sentimentos tormentosos e atordoantes – isso atua diretamente na fidedignidade do relato. Nunca temos acesso a todos os fatos como ocorreram na verdade; mas a impressões do acontecido. Conforme levanta Roncari,124 a história de Andrade e Marocas ecoa em uma outra, Dom Casmurro, na qual a falta de outro ponto de vista – o da mulher diretamente envolvida (Capitu) – cria a ambigüidade do texto, gerando uma atmosfera dúbia; a possibilidade da inocência de Marocas surge nas dobras do texto.

O texto mencionado de Augier, Le mariage d´Olympe – peça escrita para contestar Dumas – argumenta que todas as mulheres decaídas necessariamente sucumbem, cedo ou tarde. O conto de Machado utiliza os dois textos para contrapor, provavelmente, uma terceira visão. Apesar de Marocas ter uma visão romântica de sua condição, com os mesmos anseios de uma Margarida, ela é julgada socialmente com o ponto de vista de Augier: nunca há redenção para uma decaída: sempre que há uma oportunidade ela sucumbe – mas em nenhum momento temos certeza absoluta de sua “nostalgia da lama”. Ela pode nunca ter concretizado o ato – ou pode, mas os homens assim já assumiram seu ato, a julgaram e condenaram. Ao ser desmascarada, desespera-se e ameaça se matar. Esse desespero talvez tenha sido por se imaginar sem possibilidade de salvação. Ou mesmo ante a realidade que destrói sua fantasia de ser a mulher regenerada e feliz.

Mais ainda, o texto é permeado por comentários masculinos a respeito de Marocas, tentando levar o leitor a uma compreensão dos fatos que se assemelhe a visão de mundo deles: “Não lhe conto o que ouvi, os planos de vingança, as exclamações, os nomes que lhe chamou, todo o estilo e todo o repertório dessas crises”; “Na verdade, um sujeito reles, apanhado na rua; provavelmente eram hábitos dela?”

As atitudes subseqüentes de Marocas, a fidelidade, a lealdade, o luto, contribuem ainda mais para a atmosfera dúbia sobre suas motivações. O fato de Marocas ser uma prostituta pareceria ser justificativa suficiente para compreendermos o que se passou no conto.

A singularidade da ocorrência reside nas atitudes dessa mulher, aparentemente tão cheia de vontade de mudar de vida. Mais ainda, apesar de se apaixonar por uma prostituta, Andrade pressupõe posse exclusiva de seu objeto de amor: a presença de Leandro surge como a de um usurpador de seu lugar. A simples suspeita da traição parece mover fantasmas há muito perdidos, gerando um ciúme descomedido. Freud, em “Um tipo especial de escolha de objeto feita pelos homens”, enunciou que a escolha de uma prostituta como objeto amoroso pode se relacionar à experiência do ciúme, mas não do modo como poderíamos imaginar: “o incomum é que se torna alvo desse ciúme não o possuidor legítimo da pessoa amada [que no caso não há] mas estranhos que fazem seu aparecimento pela primeira vez, em relação aos quais a amada pode ser induzida sob suspeita”.

A mulher casta e de reputação irrepreensível não é interessante a esse tipo de pessoa e o Andrade é alguém que se interessa por mulheres, voltando-se a aventuras amorosas: “Estava ali, viu a distância uma mulher bonita, e esperou, já alvoroçado, porque ele tinha em alto grau a paixão pelas mulheres”.

Marocas não foi a primeira, talvez nem a última; entre os dois criaram-se laços que parecem ter unido com felicidade as esferas afetiva e sexual: “quando ele seguiu para o Norte, em comissão do governo, a afeição ainda era a mesma, posto que os primeiros ardores não tivessem já a mesma intensidade”.

Marocas, já instalada confortavelmente, pois o Andrade lhe comprara uma casinha no Catumbi, e já tendo a experiência da maternidade – apesar de o filho ter morrido aos dois anos – , pode viver sua fantasia de mulher regenerada, que viveu um grande amor. Ele não terminou tragicamente, como sua heroína romântica de A Dama das Camélias; mas machadianamente, de modo bastante pragmático, lhe garantiu o futuro. Essa certeza, no entanto, não lhe assegurou talvez a felicidade, ou seu oposto. Enfim, não são simplesmente “coisas”, como nos afirma o narrador, mas são conjecturas pois nunca ficaremos sabendo quais foram suas impressões da vida que levou: a narrativa é uma construção dos homens.


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Fonte:

Marta Cavalcante de Barros: “Espirais do desejo: Uma visão da mulher nos contos de Machado de Assis”. (Tese apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Teoria Literária, do Departamento de Teoria Literária e Literatura Comparada da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de são Paulo, para obtenção do título de Doutor em Letras. Orientadora: Profa. Dra. Adélia Bezerra de Meneses). São Paulo, 2002. Disponível em: www.caminhosdoromance.iel.unicamp.br

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