03/05/2014

História do gosto e outros poemas, de Ernani Rosas

 História do gosto e outros poemas, de Ernani Rosas
Para baixar este livro gratuitamente em formato PDF, acessar o site  do “Projeto Livro Livre”: http://www.projetolivrolivre.com/
(
Download)
Os livros estão em ordem alfabética: AUTOR/TÍTULO (coluna à esquerda) e TÍTULO/AUTOR (coluna à direita).


---

Biografia de Ernani Rosas

Ernani nasceu em Desterro, em 1886, mas muito cedo se mudou para o Rio, onde permaneceu por toda a vida, primeiro, na capital, depois, em Nova Iguaçu, onde viria a morrer no ano de 1955. Seu pai, Oscar Rosas, foi poeta, colaborou em jornais de sua época e chegou a exercer cargos no governo. Ele é patrono de uma das cadeiras da Academia Catarinense de Letras (ACL), motivo pelo qual uma enorme quantidade de manuscritos de seu filho ali se encontra, os quais, aliás, chegaram à casa por engano; pensava-se, na Academia, antes de o material ser entregue, que os textos seriam de Oscar Rosas.

Diferentemente de seu pai, Ernani nada publicou em vida, à exceção de alguns poemas em periódicos e de umas pequenas plaquetes que não continham mais do que dez poemas e parecem ter sido impressas com o intuito de promover uma limitada circulação entre amigos, nada muito pretensioso. Até bem pouco tempo atrás, a sua poesia era conhecida apenas pela sua inclusão no Panorama do Movimento Simbolista Brasileiro, de Andrade Muricy.

Mas não é apenas a obra que está envolta em mistério e indefinição, também a sua vida, talvez até em maior grau, cerca-se de uma névoa espessa que nos impede de compreender sua existência e encontrar respostas para perguntas de aparente simplicidade. Sabe-se que ele foi amigo de importantes personalidades literárias, com destaque especial para Ronald de Carvalho e Luís de Montalvor, de Portugal, com os quais se correspondia. Tanto um como outro solicitavam a participação de Ernani nos projetos que articulavam, mas isso nunca aconteceu. Por um lado, talvez se explique tal fato por não ter havido, nas correntes modernistas, uma na qual Ernani se encaixasse perfeitamente, mas, por outro, é preciso reconhecer que ele simpatizava com alguns poetas e movimentos. Sua poesia permaneceu presa a uma concepção clássica de forma, fiel à metrificação, mas a sua linguagem oscilou entre tendências simbolistas, decadentistas, espiritonovistas, pós-simbolistas e supra-realistas.


---
Fonte:

Fábio Renato Corrêa: “Indefinição em definição: um olhar sobre a relação de Ernani Rosas com a tradição literária”. Universidade Federal de Santa Catarina - Centro de Comunicação e Expressão (Mestrado em Literatura), sob orientação do Profº Dr. Carlos Eduardo Schmidt Capela. Desterro, 2005. Disponível em: repositorio.ufsc.br

Nenhum comentário:

Postar um comentário