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Introito
O
momento é do esporte e o esporte mais popular do país é o futebol. Desde os
campos nos lugares mais remotos, nas aldeias indígenas, nos bairros e favelas
miseráveis, nas praias, nas várzeas, com chuva ou sol – lá está o ‘campinho’,
lá está a turma preparada para dividir dois times, botar a bola no meio de
campo e dar o pontapé inicial. Daí pra frente tudo é emoção, alegria, raiva,
suor, elementos que se misturam e provocam as mais diversas reações que,
infelizmente, muitas vezes se transformam em violência. Mas isso é conta menor,
o que mais se vê é a confraternização, o comentário, a arbitragem honesta mesmo
sem juiz – na maior parte a pelada, o futebol, tudo leva à harmonia.
Não
acredito que tenha tido em minha vida mais alegrias das que tive jogando ou
assistindo partidas de futebol. Desde esse ‘estádio do Covão’, até o futebol
nas areias das praias do Olho D’Água, depois Copacabana, os jogos nos campos
oficiais do Aterro do Flamengo (Parque Eduardo Gomes), onde os campos de
futebol predominam, a alegria do futebol é a mesma, traduzindo amizade e
confraternização. Um bom churrasco, cerveja gelada, um pagode para encerrar a
partida, trazem o ambiente de novo à paz e paz e à alegria.
A
ideia de criar um grande parque na área do aterro foi da paisagista Carlota de
Macedo Soares, com projeto paisagístico de Burle Marx. O parque foi destinado a
atividades esportivas, tendo quadras de futebol, tênis, vôlei, basquete, pistas
de skate, de aeromodelismo e modelismo naval. Os campos de futebol no trecho
inicial da Praia do Flamengo foram criados por iniciativa de Rafael de Almeida
Magalhães, outro apaixonado pelo futebol.
Por
isso resolvi agrupar estas histórias de futebol. Que elas despertem em cada um
também a vontade de contar as aventuras nos campos, de capim, gramados ou de
terra, campos em que o limite é o mar, desde as areias fofas de Copacabana
às areias duras da praia do Olho D’Água. As boladas e faltas que levaram, nos
gols espetaculares, as bolas perdidas, as divididas cujas dores deixam calombos
nas pernas, dedos doloridos e estufados, o abraço caloroso das comemorações.
Ainda de sobra muitos podem contar também as aventuras amorosas e paixões
desencadeadas, cuja trajetória começou nos campos de futebol, se transformando
em namoro, culminando em festa, em família, com as bênçãos do padre e dos
amigos.
Rio de Janeiro, Cachambi, julho de 2014.
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