27/09/2015

Histórias de Futebol, de Salomão Rovedo

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Introito

O momento é do esporte e o esporte mais popular do país é o futebol. Desde os campos nos lugares mais remotos, nas aldeias indígenas, nos bairros e favelas miseráveis, nas praias, nas várzeas, com chuva ou sol – lá está o ‘campinho’, lá está a turma preparada para dividir dois times, botar a bola no meio de campo e dar o pontapé inicial. Daí pra frente tudo é emoção, alegria, raiva, suor, elementos que se misturam e provocam as mais diversas reações que, infelizmente, muitas vezes se transformam em violência. Mas isso é conta menor, o que mais se vê é a confraternização, o comentário, a arbitragem honesta mesmo sem juiz – na maior parte a pelada, o futebol, tudo leva à harmonia.

Não acredito que tenha tido em minha vida mais alegrias das que tive jogando ou assistindo partidas de futebol. Desde esse ‘estádio do Covão’, até o futebol nas areias das praias do Olho D’Água, depois Copacabana, os jogos nos campos oficiais do Aterro do Flamengo (Parque Eduardo Gomes), onde os campos de futebol predominam, a alegria do futebol é a mesma, traduzindo amizade e confraternização. Um bom churrasco, cerveja gelada, um pagode para encerrar a partida, trazem o ambiente de novo à paz e paz e à alegria.

A ideia de criar um grande parque na área do aterro foi da paisagista Carlota de Macedo Soares, com projeto paisagístico de Burle Marx. O parque foi destinado a atividades esportivas, tendo quadras de futebol, tênis, vôlei, basquete, pistas de skate, de aeromodelismo e modelismo naval. Os campos de futebol no trecho inicial da Praia do Flamengo foram criados por iniciativa de Rafael de Almeida Magalhães, outro apaixonado pelo futebol.

Por isso resolvi agrupar estas histórias de futebol. Que elas despertem em cada um também a vontade de contar as aventuras nos campos, de capim, gramados ou de terra, campos em que o limite é o mar, desde as areias fofas de Copacabana às areias duras da praia do Olho D’Água. As boladas e faltas que levaram, nos gols espetaculares, as bolas perdidas, as divididas cujas dores deixam calombos nas pernas, dedos doloridos e estufados, o abraço caloroso das comemorações. Ainda de sobra muitos podem contar também as aventuras amorosas e paixões desencadeadas, cuja trajetória começou nos campos de futebol, se transformando em namoro, culminando em festa, em família, com as bênçãos do padre e dos amigos.

Rio de Janeiro, Cachambi, julho de 2014.

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