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Breve análise de "A Viuvinha", de José de Alencar
Breve análise de "A Viuvinha", de José de Alencar
A alma do romance é bem simples:
Jorge da Silva herda a fortuna de seu pai e vive por três anos uma vida
dissoluta e destrói um patrimônio de duzentos contos de réis (guardada a devida
proporção, seria como se uma pessoa, atualmente, gastasse no mesmo espaço de
tempo a soma de duzentos mil reais), até que um dia descobre-se falido,
endividado e totalmente pobre, isto é, desprovido de mínimos recursos (fato
comunicado por seu tutor e amigo, o Sr. Almeida).
Para sua infelicidade maior, está
de casamento marcado com a jovem e bela Carolina, menina de aproximadamente uns
quinze anos, bela e faceira, olhos castanhos e expressivos ("A
viuvinha" que nomeia o romance) para não manchar-lhe a honra, casa-se com
ela, mas na noite de núpcias embebeda, com licor e algumas gotas de ópio, a
jovem esposa e foge, com intuito de suicídio, pouco tempo depois é encontrado
nas construções da Santa Casa de Misericórdia um cadáver desfigurado e com o
seguinte bilhete dentro de uma carteira no bolso da sobrecasaca:
"Peço a quem achar o meu corpo o faça enterrar imediatamente, a fim de
poupar à minha mulher e aos meus amigos esse horrível espetáculo. Para isso
achará na minha cadeira o dinheiro que possuo.
Jorge da Silva
5 de setembro de 1844".
Por ser o cadáver,
presumivelmente de um homem jovem, tudo indica tratar-se de Jorge. Então, nesse
ponto, o romance dá um salto de cinco anos no tempo Nessa parte, podemos encontrar
uma definição interessante de José de Alencar para "negociante", ou
seja, o homem que tem por profissão gerir os seus próprios negócios.
A grande surpresa só é revelada
no final da história, quando a viuvinha, que se tornara a sensação dos salões
da época é cortejado por um homem desconhecido, Carlos Freeland, ou seja, o
próprio Jorge da Silva que "regressara" da morte, pagara todas as suas
dívidas, recuperando assim o bom nome da família. A emoção fica para o capítulo
final (XVI) onde Jorge da Silva revela-se. Carolina, finalmente entrega-se à
paixão pelo marido, D. Maria, mãe de Carolina, ao tomar conhecimento do fato
sofre um desmaio ao ver o sogro "vivo", o casal muda-se para uma
fazenda (não há referências sobre o nome) e se são felizes para sempre.
Este romance de Alencar, e sua
principal personagem feminina, como muitos outras seguem a linha das atuais
telenovelas. poderíamos também "classificar" a personagem Carlota
como mais um dos perfis femininos de José de Alencar (Diva, Lucíola e Senhora)
na linha clássica do Romantismo (1836— 1881)."
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Fonte:
Fonte:
José Martiniano de Alencar:
"A Viuvinha". Introdução: Augusto de Sênior (Amauri Caruius
Ferreira). 1ª edição: 1957.
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