01/01/2014

Novos Cantos, de Gonçalves Dias

 Goncalves Dias - Novos Cantos - Iba Mendes
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Novos Cantos, de Gonçalves Dias

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Outros poemas de Dias expressam o gosto pelo exotismo oriental. Em  “Zulmira” de os Novos Cantos, o eu-lírico descreve uma comitiva de orientais  que   passa   pelas   veigas   de   Granada.   Os   homens   trajam   seda,   os   eunucos  usam alvíssimos turbantes, e Zulmira aparece numa tenda de seda e ouro que,  por sua vez, está sobre o dorso de um elefante. Apesar de o poema intitular-se  “Zulmira”, não é a personagem que sobressai, mas a descrição pitoresca da  comitiva. Zulmira assim como Gulnaré de as  Sextilhas de frei Antão  aparece  em um cortejo e como que enfeitiça os homens com sua beleza. Outro aspecto  convergente entre as duas composições é a coisificação das mulheres.

E pergunto quem és? – Então me dizem
Ciosos de guardar o seu tesouro,
Nome tão doce aos lábios, que parece
Escrever-se em cetim com letras d’ouro. (“Zulmira”. N.C. p, 281) 

Quantas coisas que trazia,
Nula ren lhe estava mal;
Diziam que tudo nela
Tinha graça natural,
Era coisa preciosa,
Como coisa oriental. ((“Loa da Princesa Santa”. S.F.A. p. 316)


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Fonte:
Gisele Gemmi Chiari: "Presença do Medievalismo em Gonçalves Dias: Um  Estudo das Sextilhas de Frei Antão". (Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação   em   Literatura   Brasileira,   do  Departamento de Letras Clássicas e Vernáculas  da   Faculdade   de   Filosofia,   Letras   e   Ciências  Humanas da Universidade de São Paulo como  requisito   parcial   para   obtenção   do   título   de  Mestre em Literatura Brasileira. Orientadora: Profa. Dra. Cilaine Alves Cunha). São Paulo, 2008

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